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domingo, 5 de julho de 2015

Tratado de Tordesilhas



Um pouco de História

Contexto histórico
Logo após a chegada de Cristóvão Colombo à América (1492), a corte espanhola começou a se preocupar em proteger legalmente as terras descobertas na América. O rei espanhol procurou o papa Alexandre VI, que através da Bula Inter Coetera estabeleceu a posse de todas as terras descobertas a 100 léguas a oeste de Cabo Verde à Espanha. Através deste documento, Portugal ficaria sem a possibilidade de ter a posse de territórios na recém-descoberta América. O limite estabelecido também dificultaria as navegações portuguesas no Oceano Atlântico.
Como Portugal, assim como a Espanha, era uma potência militar e econômica da época, para evitar conflitos, espanhóis e portugueses resolveram abrir negociações para o estabelecimento de um novo tratado. Este deveria contemplar os interesses de ambos os reinos no tocante a descoberta, exploração e colonização das “novas terras”.

Tratado de Tordesilhas


O Tratado estabelecia a divisão das áreas de influência dos países ibéricos, cabendo a Portugal as terras "descobertas e por descobrir" situadas antes da linha imaginária que demarcava 370 léguas (1.770 km) a oeste das ilhas de Cabo Verde, e à Espanha as terras que ficassem além dessa linha.
Foto: wikipedia

Como resultado das negociações, os termos do tratado foram ratificados por Castela a 2 de Julho e, por Portugal, a 5 de Setembro do mesmo ano. Contrariando a bula anterior de Alexandre VI, Inter Coetera (1493), que atribuía à Espanha a posse das terras localizadas a partir de uma linha demarcada a 100 léguas de Cabo Verde, o novo tratado foi aprovado pelo Papa Júlio II em 1506.

O Tratado de Tordesilhas foi firmado em 4 de junho de 1494 entre Portugal e Espanha. Ganhou este nome, pois foi assinado na cidade espanhola de Tordesilhas. O acordo tinha como objetivo resolver os conflitos territoriais relacionados às terras descobertas no final do século XV. De acordo com o Tratado de Tordesilhas, uma linha imaginária a 370 léguas de Cabo Verde serviria de referência para a divisão das terras entre Portugal e Espanha. As terras a oeste desta linha ficaram para a Espanha, enquanto as terras a leste eram de Portugal.

O Tratado de Tordesilhas assegurou a Portugal o domínio das terras descobertas a oeste do Atlântico. D. Manuel organizou uma das maiores expedições que o reino já havia preparado, composta por uma esquadra formada por dez naus e duas caravelas e cerca de 1.500 homens, sob o comando de Pedro Álvares Cabralnobre de tradicional família portuguesa.

Com a expedição de Pedro Álvares Cabral à Índia, a costa do Brasil foi atingida (abril de 1500) pelos Portugueses, o que séculos mais tarde viria a abrir uma polêmica historiográfica acerca do "acaso" ou da "intencionalidade" da descoberta. Observe-se que uma das testemunhas que assinaram o Tratado de Tordesilhas, por Portugal, foi Duarte Pacheco Pereira, um dos nomes ligados a um suposto descobrimento a exploração americana (o ouro castelhano e o pau-brasil português), outras potências marítimas europeias (França, Inglaterra, Países Baixos) passaram a questionar a exclusividade da partilha do mundo entre as nações ibéricas. Esse questionamento foi muito apropriadamente expresso por Francisco I de França, que ironicamente pediu para ver a cláusula no testamento de Adão que legitimava essa divisão de terras.

Por essa razão, desde cedo apareceram na costa do Brasil embarcações que promoviam o comércio clandestino, estabelecendo contacto com os indígenas e aliando-se a eles contra os portugueses. Floresceram o corso, a pirataria e o contrabando, pois os armadores de Honfleur, Ruão e La Rochelle, em busca de pau-brasil fundavam feitorias e saqueavam naus. O mais célebre foi um armador de Dieppe, Jean Ango ou Angot.

Posteriormente, durante a Dinastia Filipina (União Ibérica), os portugueses se expandiram de tal forma na América do Sul que, em 1680, visando o comércio com a bacia do rio da Prata e a região andina, fundaram um estabelecimento à margem esquerda do Prata, em frente a Buenos Aires: a Colônia do Sacramento. A fixação portuguesa em território oficialmente espanhol gerou um longo período de conflitos armados, conduzindo à negociação do Tratado de Madrid (1750).


Fonte:

Equinócio



Equinócio significa o momento em que o sol incide com maior intensidade sobre as regiões que estão localizadas próximo à linha do equador.

O termo tem origem na junção dos termos latinosaequus (igual) e nox (noite). Quando ocorre o equinócio, o dia e a noite têm igual duração.

A diferença na distribuição dos raios solares entre os dois hemisférios é consequência de uma inclinação de aproximadamente 23°27’ do eixo de rotação da Terra (movimento que a Terra realiza em torno de seu próprio eixo) com relação ao eixo de translação (movimento que a Terra realiza em torno do Sol). Sendo assim, em um período do ano, a luz solar incidirá com maior intensidade sobre um dos hemisférios, alternando em outra parte do ano, conforme o movimento do planeta.

No entanto, em dois dias do ano, a Terra se situa em pontos onde os raios solares incidem perpendicularmente à linha do Equador, proporcionando a mesma distribuição de luz para os dois hemisférios, caracterizando o equinócio. Os dias e as noites têm duração igual (12 horas), visto que o plano da órbita da Terra ao redor do Sol cruza o equador celeste.

O equinócio ocorre durantes os meses de março e setembro, quando há mudança de estação. No momento do equinócio, a luz solar incide de igual maneira sobre o hemisfério norte e sobre o hemisfério sul.

No hemisfério sul, o equinócio que ocorre em março (dia 20 ou 21), marca o início do outono e o de setembro (dia 22 ou 23), marca o início da primavera. No hemisfério norte acontece situação inversa, em setembro inicia o outono e em março, a primavera.

O dia do equinócio de primavera e de outono pode variar de ano para ano, devido ao ano solar (trópico) ter 365 dias e mais algumas horas (365d 5h 48m 46s).

Portanto, o equinócio de outono (ou ponto Libra) acontece no hemisfério que transita do verão para o outono e o equinócio de primavera (ou ponto Vernal) acontece no hemisfério que passa do inverno para a primavera.

Graças ao fenômeno da precessão dos equinócios, estes não têm uma posição fixa, e se deslocam um pouco todos os anos.

Equinócio da Primavera 2014

Em 2014 o Equinócio da Primavera ocorre no dia 20 de Março às 16h57. Este instante marca o início da Primavera no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se por 92,79 dias até ao próximo Solstício que ocorre no dia 21 de Junho às 11h51. Os instantes estão referenciados à hora legal.

Segundo os cálculos da astronomia dá-se o nome de Equinócio da Primavera ao momento exato em que tem início a estação da primavera. A astronomia define então como Equinócio da Primavera o instante em que o Sol, assim como o vemos do planeta Terra, cruza o plano do equador celeste, isto é, a linha do equador terrestre que é projetada na esfera celeste. Quando este evento acontece em março, chama-se de Equinócio da Primavera no hemisfério norte. No hemisfério sul o Equinócio da Primavera acontece em setembro.

A chegada da primavera é um evento sempre muito celebrado em todo o mundo, porque marca o fim do inverno, uma estação sempre associada ao mau tempo, desconforto e em termos históricos escassez de comida. Para além disso, trata-se de uma celebração do renascimento da natureza, e historicamente era a altura em que se celebravam os festivais de fertilidade e abundância. Na primavera é tradição também fazerem-se limpezas gerais nas casas. O bom tempo permite que se abram as janelas nas casas para que estas possam arejar depois de meses completamente fechadas durante o inverno. Nesta altura as pessoas livram-se de algumas das coisas velhas que tinham guardadas e compram coisas novas.

Curiosidade sobre o Equinócio da Primavera

Curiosamente, os ovos desempenham um papel importante nas comemorações do Equinócio da Primavera em todo o mundo, uma vez que são também um símbolo de fertilidade. Conta um mito antigo que é possível equilibrar um ovo sobre a sua base, numa superfície plana, no momento exato em que se dá o Equinócio da Primavera, isto é, no momento exato em que dia e noite estão em equilíbrio perfeito.

Equinócio de outono marca início da estação no hemisfério sul

No momento do equinócio, a luz solar incide de maneira igual sobre o hemisfério norte e sobre o hemisfério sul. O fenômeno, também conhecido como Ponto Libra, acontece no hemisfério que transita do verão para o outono e o equinócio de primavera (ou Ponto Vernal) acontece no hemisfério que passa do inverno para a primavera.

No Brasil, a maior parte do território é compreendido no clima tropical. No entanto, a queda das folhas tornou-se um símbolo mundial do outono, graças a sua constante reprodução em peças da indústria cultural, como filmes e videoclipes.

O equinócio de outono destaca um fenômeno comum em zonas temperadas e de inverno rigoroso, mas que se tornou símbolo mundial da estação. Essa mudança de cores e perda das folhas ocorre nas chamadas florestas temperadas caducifólias, presente em países europeus, Estados Unidos, Chile, Austrália e Canadá. Caducifólia significa "folhas que caducam", ou seja, folhas que caem, envelhecem. O processo ocorre na estação do inverno e as árvores voltam a brotar novamente somente na estação da primavera.

Durante o outono, a folhagem dessas árvores fica vermelha, alaranjada e amarela, mas caem com a chegada do inverno. Trata-se de uma forma de defesa da vegetação em tempos de frio muito rigoroso.