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Charles Darwin

Biografia


O biologista e naturalista Charles Darwin nasceu na Inglaterra e viveu de 1809 a 1882. Durante um período de cinco anos, ele colaborou com pesquisas realizadas nas costas e em ilhas da América do Sul, Austrália e Nova Zelândia.

Ficou surpreso com o grande número de espécies de plantas e de animais que, até então, eram desconhecidos. O que lhe chamou mais atenção foram as incontáveis diversidades de tentilhões, que só conheceu na ilha dos Galápagos, situada na costa ocidental da América do Sul.

Durante os cinco anos que ele permaneceu nessa viagem científica, e também depois, o naturalista buscou descobrir a razão da grande diversidade de plantas e animais.
No ano de 1859, na certeza de ter a encontrado a resposta aos seus questionamentos, ele escreveu o livro: A Origem das Espécies. Posteriormente, Darwin escreveu outra obra: A Descendência do Homem, nesta ele manifestou suas idéias sobre o surgimento da raça humana no planeta Terra. Seus dois livros geraram debates e muitas controvérsias na época, contudo, hoje em dia, muitas de suas idéias são aceitas pela ciência. 
Ele acreditou que a razão de existir pequenas diferenças na descendência, tanto das plantas como dos animais, fazem com que certas espécies vivam mais tempo do que outras. No caso das que possuem vida mais longa, estas gerarão mais descendentes, e este fato permitirá o aparecimento gradual de novos tipos de variações. 


História
Charles Darwin com 7 anos
Em 1827 seu pai, decepcionado com a falta de interesse de Darwin pela medicina, matriculou-o em um curso de bacharelado em artes na Universidade de Cambridge, para que ele se tornasse um clérigo. Nesta época, clérigos tinham uma renda que lhes permitia uma vida confortável, e muitos eram naturalistas, uma vez que, para eles, "explorar as maravilhas da criação de Deus" era uma de suas obrigações. Em Cambridge, entretanto, Darwin preferia cavalgar e atirar, ao invés de estudar. Passava muito do seu tempo coletando besouros com seu primo William Darwin Fox. Este o apresentou ao reverendo John Stevens Henslow, professor de botânica e especialista em besouros que, mais tarde, viria a se tornar seu tutor. Darwin ingressou no curso de história natural de Henslow e se tornou um de seus alunos prediletos. Nesta época Darwin se interessou pelas ideias de William Paley, em particular a noção de projeto divino na natureza. Em suas provas finais em janeiro de 1831, ele se saiu muito bem em teologia e, mesmo tendo feito apenas o suficiente para passar no estudo de clássicos, matemática e física, foi o décimo colocado entre 178 aprovados.
Seguindo os conselhos e exemplo de Henslow, Darwin não se apressou em ser ordenado. Inspirado pela narrativa de Alexander von Humboldt, ele planejou se juntar a alguns colegas e visitar a Tenerife para estudar história natural dos trópicos. Como preparação, Darwin ingressou no curso de Geologia do reverendo Adam Sedgwick, um forte proponente da teoria de projeto divino, e viajou com ele como um assistente no mapeamento estratigráfico no País de Gales. Contudo, seus planos de viagem à Ilha da Madeira foram subitamente desfeitos ao receber uma carta que lhe informava a morte de um dos seus prováveis colegas de viagem. Outra carta, entretanto, recebida ao retornar para casa, o colocaria novamente em viagem. Henslow havia recomendado que Darwin fosse o acompanhante de Robert FitzRoy, capitão do barco inglês HMS Beagle, em uma expedição de dois anos que deveria mapear a costa da América do Sul. Isto lhe daria a oportunidade de desenvolver a sua carreira como naturalista. Esta se tornaria uma expedição de quase cinco anos que teria profundo impacto em muitas áreas da Ciência.

A viagem do Beagle

A viagem do Beagle durou quatro anos e nove meses, dois terços dos quais Darwin esteve em terra firme. Darwin estudou uma grande variedade de características geológicas, fósseis, organismos vivos e conheceu muitas pessoas, entre nativos e colonos. Coletou metodicamente diversos espécimes, muitos dos quais novos para a ciência. Isto estabeleceu sua reputação como naturalista e fez dele um dos precursores do campo da ecologia, particularmente a noção de biocenose. Suas anotações detalhadas mostraram seu dom para a teorização, formarando a base para seus trabalhos posteriores, fornecendo visões sociais, políticas e antropológicas sobre as regiões visitadas.

Percurso de Darwin no Beagle
Durante a viagem Darwin leu o livro "Princípios da Geologia" de Charles Lyell, que descrevia características geológicas como resultado de processos graduais ocorrendo ao longo de grandes períodos de tempo. Ele escreveu para casa que via formações naturais como se através dos olhos de Lyell: degraus planos de pedras com o aspecto característico de erosão por água e conchas na Patagônia eram sinais claros de praias que haviam se elevado; no Chile, ele experimentou um terremoto e observou pilhas de mexilhões encalhadas acima da maré alta o que mostrava que toda a área havia sido elevada; e mesmo no alto dos Andes ele foi capaz de coletar conchas. Darwin ainda teorizou que atóis de coral iam se formando gradualmente em montanhas vulcânicas à medida que estas afundavam no mar, uma ideia confirmada posteriormente quando o Beagle esteve nas ilhas Cocos (keeling).

Charles Dawin
Na América do Sul Darwin descobriu fósseis de animais extintos como o megatério e o gliptodonte, em camadas que não mostravam quaisquer sinais de catástrofe ou mudanças climáticas. Naquele tempo Darwin pensava que aquelas eram espécimes similares às encontradas na África mas, após a sua volta, Richard Owen lhe mostrou que os fósseis encontrados eram mais similares a animais não extintos e que viviam na mesma região (preguiças e tatus). Na Argentina, duas espécies de ema viviam em territórios separados mas compartilhavam áreas comuns. Nas ilhas Galápagos, Darwin descobriu que cotovias (mockingbirds) diferiam de uma ilha para outra. Ao retornar à Inglaterra, foi lhe mostrado que o mesmo ocorria com as tartarugas e tentilhões. O rato-canguru e o ornitorrinco, encontrados na Austrália, eram animais tão estranhos que levaram Darwin a pensar que "Um incrédulo... poderia dizer que 'seguramente dois criadores diferentes estiveram em ação'". Todas estas observações o deixaram muito intrigado e, na primeira edição de "A Viagem do Beagle", ele explicou a distribuição das espécies à luz da teoria de Charles Lyell de "centros de criação". Em edições posteriores, ele já dava indicações de como via a fauna encontrada nas Ilhas Galápagos como evidência para a evolução: "é possível imaginar que algumas espécies de aves neste arquipélago derivam de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades".

Três nativos foram trazidos de volta pelo Beagle para a Terra do Fogo. Eles tinham sido "civilizados" na Inglaterra nos dois anos anteriores, ainda que os seus parentes parecessem à Darwin selvagens pouco acima de outros animais. Em um ano, entretanto, aqueles missionários voltaram ao que eram e, de fato, preferiam esta condição uma vez que não quiseram retornar à Inglaterra. Esta experiência somada a repulsa de Darwin pela escravidão e outros abusos que ele viu em vários lugares, tais como o tratamento desumano dos nativos por colonos ingleses na Tasmânia, o persuadiram de que não há justificativa moral para maltratar outros homens baseado no conceito de raça. Ele passou então a acreditar que a humanidade não se encontrava tão distante dos outros animais como diziam seus amigos do clero.

A bordo do barco, Darwin sofria constantemente de enjoo. Em outubro de 1833 ele pegou uma febre na Argentina e em julho de 1834, enquanto retornando dos Andes Valparaíso, adoeceu e ficou um mês de cama. De 1837 em diante, Darwin passou a sofrer repetidamente de dores estomacais, vômitos, graves tremores, palpitações, e outros sintomas. Estes sintomas se agravavam particularmente em épocas de estresse, tais como quando tinha de lidar com as controvérsias relacionadas à sua teoria. A causa da doença de Darwin foi desconhecida durante a sua vida e tentativas de tratamento tiveram pouco sucesso. Uma ideia esposada por Kettlewell e Julian Huxley, no início da década de 1960, defende que ele contraiu a Doença de Chagas ao ser picado por um inseto na América do Sul. No entanto, os autores reconhecem que especialistas nessa doença indicam que não há concordância dos sintomas de Darwin com os da doença. Outras possíveis causas incluem problemas psicológicos e a doença de Ménière.

No ano de 1859 foi dado o mais radical dos golpes contra a "ordem mundial divina". O cientista inglês Charles Darwin publicou Sobre a origem das espécies através da seleção natural, obra na qual havia trabalhado por 20 anos. A história da criação do mundo proposta por Darwin tornou-se um best-seller da noite para o dia: os primeiros 1.250 exemplares impressos estavam esgotados já no dia seguinte.

Apesar de todos os protestos, a teoria darwiniana se impôs no meio científico. As provas apresentadas pareciam por demais concludentes para serem contestadas: variação, seleção, estabilização da seleção e, repetidamente, o acaso.

Darwin afirmava que as espécies são criadas e exterminadas a partir do "princípio da tentativa e do erro"; seres vivos superiores desenvolvem-se, assim, a partir de formas menores. A evolução, que tem como base esse princípio, foi também considerada válida para os seres humanos.
Segundo Darwin, não somos nada além de mamíferos que caminham eretos. O choque do século se completava: o homem deixava de ser a imagem e semelhança de Deus para tornar-se um sucessor do macaco. Na época, Darwin não teve a coragem de dizer isso abertamente, embora certamente deva ter especulado a respeito.
Levado pelo espírito pesquisador de seu tempo, o cientista inglês passou cinco anos dando a volta ao mundo a bordo do navio Beagle. Nessa viagem, recolheu toda gama de informações e observações que depois viriam a ser sistematizadas e categorizadas ao longo de sua vida. Para isso, o pai da Teoria da Evolução examinou as mais variadas formações geológicas, bem como a multiplicidade de organismos e fósseis encontrados nos diversos continentes e ilhas que visitou.










Fontes:
http://www.suapesquisa.com/biografias/darwin.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin
http://www.dw.com/pt/1859-darwin-publica-teoria-da-evolu%C3%A7%C3%A3o/a-335433

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