O Iluminismo foi um movimento cultural que se
desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França, nos séculos XVII e XVIII e depois
espalhou-se pela Europa, com uma febre de novas descobertas e
inventos que tomou conta do continente. O avanço científico dessa época colocou
à disposição do homem informações tão diferentes quanto a descrição da órbita
dos planetas e do relevo da Lua, a descoberta da existência da pressão
atmosférica e da circulação sanguínea e o conhecimento do comportamento dos
espermatozoides.
Nessa
época, o desenvolvimento intelectual, que vinha ocorrendo desde o Renascimento,
deu origem a ideias de liberdade política e econômica, defendidas pela
burguesia. Os filósofos e economistas que difundiam essas ideias julgavam-se
propagadores da luz e do conhecimento, sendo, por isso, chamados de
iluministas. O centro das ideias e pensadores Iluministas foi a cidade
de Paris.
O
Iluminismo trouxe consigo grandes avanços que, juntamente com a Revolução
Industrial, abriram espaço para a profunda mudança política determinada pela
Revolução Francesa. O precursor desse movimento foi o matemático francês René
Descartes (1596-1650), considerado o pai do racionalismo. Em sua obra “Discurso
do método”, ele recomenda, para se chegar à verdade, que se duvide de tudo, mesmo
das coisas aparentemente verdadeiras. A partir da dúvida racional pode-se
alcançar a compreensão do mundo, e mesmo de Deus.
A época
do iluminismo foi marcada por transformações políticas tais como a criação e
consolidação de estados-nação,
a expansão de direitos civis e a redução da
influência de instituições hierárquicas como a nobreza e a igreja.
O
iluminismo forneceu boa parte do fermento intelectual de eventos políticos que
se revelariam de extrema importância para a constituição do mundo moderno, tais
como a Revolução Francesa, a Constituição polaca de 1791, a Revolução Dezembrista na Rússia em 1825, o
movimento de independência na Grécia e nos Balcãs,
bem como, naturalmente, os diversos movimentos de emancipação nacional
ocorridos no continente americano
a
partir de 1776.
Muitos
autores associam ao ideário iluminista o surgimento das principais correntes de
pensamento que caracterizariam o século XIX, a saber,liberalismo, socialismo, e social - democracia.
Enfim, O
Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na
Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e
política. Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais,
baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. O Iluminismo tinha
o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses
comuns. As ideias
liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis
absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça -, passaram a
aceitar algumas ideias
iluministas. Estes
reis eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de
governar absolutista com as ideias de progresso iluministas.
Alguns pensadores ficaram famosos e tiveram destaque por suas
obras e idéias neste período. São eles:
John Locke (1632 - 1704), filósofo inglês. É Considerado o “pai do Iluminismo”. Ele negava a ideia de que Deus determinava o destino dos homens e afirmava que era a sociedade que os moldava para o bem ou para o mal. Escritos mais importantes: Ensaio sobre o entendimento humano (1689), aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma ideia; Dois tratados sobre governo (1689). Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.
Voltaire- pseudônimo
de François-Marie Arouet, (1694-1778), defendia a existência de um monarca
absoluto, desde que cultuasse a ciência e estivesse aberto às reformas
propostas pelos filósofos iluministas. Filósofo francês, que acreditava que
para chegar a Deus não era preciso a igreja, e sim a razão). Notabilizou-se
pela sua oposição ao pensamento religioso e pela defesa da liberdade
intelectual. Escritos mais importantes:Ensaio
sobre os costumes (1756); Dicionário Filosófico (1764) e Cartas Inglesas (1734). Voltaire destacou-se
pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à
prepotência dos poderosos.
Montesquieu (Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu) (1689-1755), filósofo francês. Defendia a ideia de que o governo deveria ser exercido por três poderes independentes (Legislativo, Executivo e Judiciário), a qual exerceu importante influência sobre diversos textos constitucionais modernos e contemporâneos. Escrito mais importante: Do Espírito das Leis (1748).No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada.Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo suiço. Era favorável à participação do povo na vida pública, por meio da eleição de seus representantes políticos. Defendia a necessidade de reformas sociais, e criticava a nobreza e a burguesia. Escrito mais importante: Do Contrato Social, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos.Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia.
Adam Smith (1723-1790), economista e filósofo escocês. O seu escrito mais famoso foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura. Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de ideias denominado liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte:
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o
Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
Denis Diderot (1713-1784), filósofo francês. Elaborou juntamente com D'Alembert a "Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios", composta de 33 volumes, com o propósito de sintetizar os principais conhecimentos acumulados pela humanidade, nas diversas áreas do saber. Essa obra foi publicada pela primeira vez na França (1751 e 1772) e tornou-se o principal veículo de divulgação de suas ideias na época. Também se dedicou à teoria da literatura e à ética trabalhista.
Denis Diderot (1713-1784), filósofo francês. Elaborou juntamente com D'Alembert a "Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios", composta de 33 volumes, com o propósito de sintetizar os principais conhecimentos acumulados pela humanidade, nas diversas áreas do saber. Essa obra foi publicada pela primeira vez na França (1751 e 1772) e tornou-se o principal veículo de divulgação de suas ideias na época. Também se dedicou à teoria da literatura e à ética trabalhista.
Immanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão. Fundamentou
sistematicamente a filosofia crítica, tendo realizado investigações também no
campo da física teórica e da filosofia moral.
Gotthold Ephraim Lessing (1729–1781),
dramaturgo e filósofo alemão. É um dos principais nomes do teatro alemão na
época moderna. Nos seus escritos sobre filosofia e religião, defendeu que os
fiéis cristãos deveriam ter o direito à liberdade de pensamento.
Benjamin Constant (1767–1830),
político, filósofo e escritor de nacionalidade franco-suíça. Um dos pioneiros
do liberalismo, amigo pessoal de Madame de Staël e aluno de Adam Smith e David Hume na
Escócia. Constant foi imensamente influenciado pelo iluminismo escocês, tanto em seu trabalho sobre religião, quanto em
seus ideais de liberdade individual.
Bento de Espinosa (1632–1677), filósofo holandês, com ascendência
judaica portuguesa. É considerado o precursor das correntes mais radicais do
pensamento iluminista. Escrito mais importante: Ética (1677).
Benjamin Franklin (1706-1790), político, cientista e filósofo
estadunidense. Participou ativamente dos eventos que levaram à independência dos Estados
Unidos e da elaboração da
constituição de 1787.
Buffon (Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon)
(1707-1788), naturalista francês. A sua principal obra, A história natural, geral e particular (1749–1778;
36 volumes), exerceu capital influência sobre as concepções de natureza e
história dos autores do iluminismo tardio.
http://www.mundovestibular.com.br/articles/6144/1/Iluminismo/Paacutegina1.html
http://www.sohistoria.com.br/resumos/iluminismo.php
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Espero que gostem dos lugares de Mapaca,AP.