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segunda-feira, 11 de julho de 2016

História - Guerra da Secessão


Depois de alcançar sua independência, os Estados Unidos se depararam com um intenso debate em torno de suas políticas de desenvolvimento econômico. Ao longo de sua história os modelos econômicos das antigas treze colônias eram dotados por diferenças históricas que dividiam a região entre as colônias do norte e do sul. Tal disparidade acarretou em uma intensa disputa na esfera política que acabou levando a jovem nação norte-americana a resolver suas contendas através de uma violenta guerra civil.
Em 1808, o tráfico de escravos foi proibido nos Estados Unidos, mas o intenso contrabando continuou abastecer as fazendas sulistas. Em 1860, a população escrava representava um terço da população do sul, com quase 4 milhões de cativos, dos quais 95% trabalhavam nas lavouras. Neste mesmo ano Abraham Lincoln, senador republicando pelo estado de Illinois, nortista e contrário à extensão da escravidão aos novos territórios, foi eleito o presidente do país. Sua eleição, foi uma das causas da guerra civil. O estado da Carolina do Sul reagiu e separou-se dos Estados Unidos. Dez estados seguiram o exemplo e formaram os Estados Confederados da America. A separação foi o estopim da guerra, que se iniciou em 1861.
E começou a Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra de Secessão ou Guerra Civil dos Estados Unidos, foi uma guerra civil travada entre 1861 e 1865 nos Estados Unidos depois de vários estados escravagistas do sul declararem sua secessão e formarem os Estados Confederados da América (conhecidos como "Confederação" ou "Sul"). Os estados que não se rebelaram ficaram conhecidos como "União" ou simplesmente "Norte". A guerra teve sua origem na controversa questão da escravidão, especialmente nos territórios ocidentais. As potências estrangeiras não intervieram na época. Após quatro anos de sangrentos combates que deixaram mais de 600 mil soldados mortos e destruíram grande parte da infraestrutura do sul do país, a Confederação entrou em colapso, a escravidão foi abolida, um complexo processo de reconstrução começou, a unidade nacional retornou e a garantia de direitos civis aos escravos libertos começou.
De forma geral, a demanda política dessas duas regiões da economia estadunidense criou um campo de tensões onde o favorecimento de uma significava a ruína da outra. Os estados do norte desenvolveram uma economia voltada para a produção industrial, o incentivo das atividades comerciais, mão de obra assalariada e a produção agrícola em pequenas propriedades. Em contra partida os sulistas priorizaram uma economia agroexportadora, fundamentada no latifúndio e na mão de obra escrava.
A Guerra Civil Americana foi uma das primeiras verdadeiras guerras industriais. Estradas de ferro, o telégrafo, navios a vapor e armas produzidas em massa foram utilizados extensivamente. A mobilização de fábricas, minas, estaleiros, bancos, transportes e alimentos civis prenunciavam a Primeira Guerra Mundial. O conflito foi à guerra mais mortal na história dos Estados Unidos, resultando na morte de cerca de 750 mil americanos e um número indeterminado de vítimas civis. O historiador John Huddleston estima o número de mortos em dez por cento de todos os homens do norte com idades entre os 20 e 45 anos e 30 por cento de todos os homens brancos do sul com idades entre 18 e 40 anos.
            Portanto, não se tratava de Estados Unidos, mais de estados separados: ao sul, 11, já então contando com 9 milhões de habitantes. Ao norte, o restante da nação, com 22 milhões de uma população não tão pobre quanto a do sul. A guerra durou cinco anos, com perda de parte a parte. Mas à medida em que se prolongava, aumentavam os recursos dos nortistas, que encontraram credito fácil para se proverem de armas e munições, alem do enorme desenvolvimento que tornou sua industria bélica, que o sul não possuía de todo. Os nortistas aceleraram o ritmo ofensivo entre os anos de 1864 a 1865. O sul estava exausto e redeu-se afinal. Dias depois, em 14 de abril de 1865, Lincoln foi assassinado pelo fanático ator sulista John Wilkes Booth.
A escravidão foi abolida, atendendo aos interesses dos estados do norte. Apesar disso, os negros não tiveram nenhum programa governamental que lhes garantissem a integração social e não foram considerados cidadãos norte-americanos Após a liberdade, foram marginalizados pela sociedade. A região sul foi ocupada militarmente até o ano de 1877.O processo de industrialização do norte intensificou-se ainda mais, gerando mais riqueza na região. Por outro lado, o sul passou por uma crise, perdendo influência política. A partir daí foi possível o aproveitamento econômico das ricas terras do meio-oeste, onde se formaram os belts, áreas agrícolas especializadas, de alta produção e produtividade. Os Estados Unidos se tornaram os maiores exportadores de alimentos do mundo representando assim, o primeiro grande passo para o avanço capitalista, que levará os Estados Unidos à condição de principal potência hegemônica do mundo no século XX.
      
Fonte biográfica:
- PROJETO ARARIBÁ: história / organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Maria Raquel Apolinário – 3. ed. – São Paulo: Moderna, 2010. 
- Mega Estudante Cidadão – 1. Ed São Paulo: Rideel, 2004. 



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