Depois de alcançar sua independência, os Estados
Unidos se depararam com um intenso debate em torno de suas políticas de
desenvolvimento econômico. Ao longo de sua história os modelos econômicos das
antigas treze colônias eram dotados por diferenças históricas que dividiam a
região entre as colônias do norte e do sul. Tal disparidade acarretou em uma
intensa disputa na esfera política que acabou levando a jovem nação
norte-americana a resolver suas contendas através de uma violenta guerra civil.
Em 1808, o tráfico de escravos foi proibido nos
Estados Unidos, mas o intenso contrabando continuou abastecer as fazendas
sulistas. Em 1860, a população escrava representava um terço da população do
sul, com quase 4 milhões de cativos, dos quais 95% trabalhavam nas lavouras. Neste mesmo ano Abraham Lincoln, senador
republicando pelo estado de Illinois, nortista e contrário à extensão da
escravidão aos novos territórios, foi eleito o presidente do país. Sua eleição,
foi uma das causas da guerra civil. O estado da Carolina do Sul reagiu e
separou-se dos Estados Unidos. Dez estados seguiram o exemplo e formaram os
Estados Confederados da America. A separação foi o estopim da guerra, que se
iniciou em 1861.
E começou a Guerra Civil Americana, também
conhecida como Guerra de Secessão ou Guerra Civil dos Estados Unidos, foi
uma guerra
civil travada entre 1861 e 1865
nos Estados
Unidos depois de vários estados
escravagistas do sul declararem sua secessão e formarem os Estados Confederados da América (conhecidos como
"Confederação" ou "Sul"). Os estados que não se rebelaram ficaram conhecidos
como "União" ou simplesmente "Norte". A guerra teve sua origem na
controversa questão da escravidão, especialmente nos territórios
ocidentais. As potências estrangeiras não intervieram na época. Após quatro
anos de sangrentos combates que deixaram mais de 600 mil soldados mortos e
destruíram grande parte da infraestrutura do sul do país, a Confederação entrou
em colapso, a escravidão foi abolida, um complexo processo de reconstrução começou, a unidade nacional retornou e a
garantia de direitos
civis aos escravos libertos
começou.
De forma geral, a demanda política dessas
duas regiões da economia estadunidense criou um campo de tensões onde o
favorecimento de uma significava a ruína da outra. Os estados do norte
desenvolveram uma economia voltada para a produção industrial, o incentivo das
atividades comerciais, mão de obra assalariada e a produção agrícola em
pequenas propriedades. Em contra partida os sulistas priorizaram uma economia
agroexportadora, fundamentada no latifúndio e na mão de obra escrava.
A Guerra Civil Americana foi uma das primeiras verdadeiras
guerras industriais. Estradas de ferro, o telégrafo, navios a vapor e armas produzidas em massa foram utilizados
extensivamente. A mobilização de fábricas, minas, estaleiros, bancos,
transportes e alimentos civis prenunciavam a Primeira Guerra Mundial. O
conflito foi à guerra mais mortal na história dos Estados Unidos, resultando na morte de cerca de 750 mil americanos e um número indeterminado de
vítimas civis. O historiador John Huddleston estima o número de mortos em dez
por cento de todos os homens do norte com idades entre os 20 e 45 anos e 30 por
cento de todos os homens brancos do sul com idades entre 18 e 40 anos.
Portanto,
não se tratava de Estados Unidos, mais de estados separados: ao sul, 11, já
então contando com 9 milhões de habitantes. Ao norte, o restante da nação, com
22 milhões de uma população não tão pobre quanto a do sul. A guerra durou cinco
anos, com perda de parte a parte. Mas à medida em que se prolongava, aumentavam
os recursos dos nortistas, que encontraram credito fácil para se proverem de
armas e munições, alem do enorme desenvolvimento que tornou sua industria
bélica, que o sul não possuía de todo. Os nortistas aceleraram o ritmo ofensivo
entre os anos de 1864 a 1865. O sul estava exausto e redeu-se afinal. Dias
depois, em 14 de abril de 1865, Lincoln foi assassinado pelo fanático ator
sulista John Wilkes Booth.
A escravidão foi abolida, atendendo aos interesses
dos estados do norte. Apesar disso, os negros não tiveram nenhum programa
governamental que lhes garantissem a integração social e não foram considerados
cidadãos norte-americanos Após a liberdade, foram marginalizados pela
sociedade. A região sul foi ocupada militarmente até o ano de 1877.O processo
de industrialização do norte intensificou-se ainda mais, gerando mais riqueza
na região. Por outro lado, o sul passou por uma crise, perdendo influência
política. A partir daí foi possível o aproveitamento econômico das ricas terras
do meio-oeste, onde se formaram os belts, áreas agrícolas especializadas, de
alta produção e produtividade. Os Estados Unidos se tornaram os maiores
exportadores de alimentos do mundo representando
assim, o primeiro grande passo para o avanço capitalista, que levará os Estados
Unidos à condição de principal potência hegemônica do mundo no século XX.
Fonte biográfica:
- PROJETO
ARARIBÁ: história / organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida,
desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Maria Raquel
Apolinário – 3. ed. – São Paulo: Moderna, 2010.
- Mega
Estudante Cidadão – 1. Ed São Paulo: Rideel, 2004.
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Espero que gostem dos lugares de Mapaca,AP.